Thingol, Rei de Doriath, continuava envenenado. Em meio a tosses e soluços ele mandou que chamassem o ferreiro mestre, que demorou a chegar. O mesmo adentrou os portões como se Menegroth estivesse sendo saqueada, e correu com sua inédita aparência de um velho homem, até Thingol, onde se ajoelhou e pos-se a rezar pela alma de Thingol, que pegou em sua pequena mão, assustando o ferreiro com a imensidão de Thingol, e falou.
Daqui eu sinto o seu fedor! Agora pare de rezar por uma alma em cura e me diga onde está Anglachel, a espada negra de Eöl?
O Ferreiro olhou para todo canto, eufórico, e disse, olhando nos olhos de Thingol com uma expressão de dessespero.
Meu senhor! Eu pensava que soubesse! ...
Thingol, enfurecido, interrompeu o Ferreiro de uma tão grosseira que nunca havia falado antes.
Diga logo, Ferreiro, pois minha paciência tem limites, e mal posso andar ou caminhar para poder eu mesmo ir vê-la.
O Ferreiro parou seu olhar, e fitou Thingol com menos desespero, sentindo-se culpado.
Ela foi levada por Amroth, que pelo ouvi falar partiu para o Leste, além das Ered Luin.
Thingol juntou toda a sua força para conseguir levantar e bater sua mão na cama. De imediato duas elfas e um soldado adentraram correndo, mas logo pararam quando Thingol fez um sinal. Melian, em pé ao lado esquerdo de Thingol, postou-se a ouvir como uma estátua enquanto Thingol dizia.
E onde está a irmã dela? Eu a quero em nossos armazéns!
O Ferreiro pos a mão no braço de Thingol, e sem mais dessespero falou.
Está com Maeglin, filho de Eöl.
Thingol tentou se levantar, mas Melian o impediu enquanto o mesmo ainda estava sentado.
Eu a quero aqui, agora! Ande lá e pegue de volta está maldita espada!
O Ferreiro mestre assentiu com a cabeça e imediatamente saiu correndo desesperado até o mais próximo militar. Thingol deitou-se, e Melian fez o mesmo, e ali eles se abraçaram e adormeceram.