As portas antigas foram abertas, relinchando em reclamações. Eram antigas, e sua madeira já estava podre. Amroth olhou e de cara viu o ferreiro mestre, sentado em um banco ao lado esquerdo da sala pequena e Ovolau, com seu rosto aparente de um homem sendo iluminado pela luz da forja. Amorth, com seus nobres trajes de sentinela de Doriath, se aproximou, e falou ao ferreiro
Meu caro, iniciaremos um trabalho pesado ainda hoje. Vamos, erga-se!
o homem levantou-se lentamente, com uma expressão de desgosto do que fazia. Não falou nada, apenas se dirijou ao lado direito da Forja, enquanto Amroth ficou ao lado esquerdo. Trabalharam arduamente por duas horas, seus braços foram forçados, suas mentes foram cansadas, e muito conversaram. Amroth terminou seus feitos: uma espada, que Celeborn quisesse que se chamasse Annagal, o Presente Brilhante, e 2 Malhas Mágicas, feitas de Aço e banhadas a Prata, com a leveza digna de reis. Amroth as pegou, e quando cursava o rumo a porta, olhou de relance duas coisas escuras que se ocultavam na sala, ao lado do banco. Aproximou-se e o ferreiro alertou-o.
Esta é Anglachel, feita por Eöl, o Louco. - e riu, em deboche a Eöl. - Ela ia ser transfirida para os salões de Thingol quando esse ficou amaldiçoado, como dizem. Enquanto aos trajes, são mantos invisíveis, que se camuflam ao ambiente. São usados aqui em Doriath, porém por muito poucos.
Saiba, meu novo Amigo, que a levarei, junto com esse manto que me parece agradável. Assim estarei protejido de todos os males.
Cruzou a sala e saiu, deixando seu novo amigo ali, novamente na solidão. E o Ferreiro-Mestre sentiu o pesado temor da solidão, enquanto as portas ainda ranziam por serem abertas.